Actas curiosas dum Congreso sobre «A Fala».
TEMAS SOBRE TEIMAS
Prof. Dr. António Gil Hernández.
22 de Março de 2002
ACTAS CURIOSAS DUM CONGRESO SOBRE «A FALA»
Não preciso insistir em que hoje (2002) continuo a opinar como ontem (1988), e ainda mais esclarecidamente, sobre a Lusofonia e sobre as «galegofonias» artificiosas por hoje o caldo de cultura de concepções estranhas ser muito mais espesso.
Com efeito, o movimento denominado «reintegracionista», que outrora parecia procurar a convergência das falas galegas com as portuguesas mercê da adopção da escrita padrão e histórica conservada no português, hoje nos factos está a opor-se progressivamente à Lusofonia, enquanto parece confluir, pelo menos na prática, mais cada vez com os pressupostos em que alicerçam os «reintegracionismos inversos» acima assinalados.
Seja como for, acho que bastantes dessas concepções estranhas se contêm nas Actas del I Congreso sobre A Fala (21 y 21 de mayo de 1999. Eljas, San Martín de Trevejo, Valverde del Fresno), Estudios y documentos sobre A Fala, Tomo VI, Coordinadores: Antonio Salvador Plans, Juan Carrasco González, María Dolores García Oliva, Editora Regional de Extremadura, Mérida, 2000.
Enviou-mas José Enrique Gargallo Gil, professor na Univerdade Autónoma de Barcelona, estudioso de falas «fronteiriças». Agradeço-lhas e, como prova do meu agradecimiento (mas não só), vou comentar tanto algumas dessas concepções estranhas, quanto o caldo de cultura que as abriga, referindo umas e outro à situação da Lusofonia galaica atual.
Autor:
D. Antonio Gil Hernández (Valladolid,1941), é um linguista que reside atualmente na cidade Corunha, tendo-se destacado, nos últimos 30 anos, na sociolinguística galega. Colaborador das revistas «Cadernos do Povo», «Nós», «O Ensino», «Temas do Ensino» e «Agália» (da qual tem sido, oficiosamente, diretor), tem participado em congressos e encontros sobre a situação da língua galega. Juntamente com o Dr. José Luís Fontenla Rodrigues, integrou a Delegação da Comissão Galega do Acordo Ortográfico, no encontro de unificação ortográfica de 1990 em Lisboa. É membro da Associação de Amizade Galiza-Portugal, das Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, da Comissão Galega do Acordo Ortográfico e da Sociedad Española de Lingüística. Além da sociolinguística, Gil Hernández tem publicado também livros de poesia, artigos de ensaio literário e outros mais propriamente da linguística estrita.
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